Hist. 13 almas

Essa é uma história de minha autoria! espero que gostem!
(a história ainda esta em andamento então esperem as próximas atualizações que serão anunciadas tanto no grupo de seguidores do blogger quanto na aba de avisos!) 
13 almas...
Existe uma lenda Chinesa que diz que existe um fio vermelho invisível ligando duas pessoas que estão predestinadas a se encontrar.
A 1ª alma nasce a centenas de anos atrás, uma bela donzela, delicada e amavel, todos que a conheciam, encantados ficavam.
Uma jovem, em seus 18 anos, vivia muito alegremente com seus amados pais e sua doce irmã. Acordava já cantarolando, mesmo cedo descia para à cozinha e em um tom e ritmo de canção saudava seus empregados. As terças se oferecia para ajudar o cozinheiro,as quartas a lavadeira, às quintas saia para passear. Dia após dia ela cantava, dia após dia ela chorava, não sabia o motivo, só sabia o que sentia, uma dor imensa em seu coração não era física mas sentia como se fosse, ela sabia que não podia contar a ninguém pois isso abalaria a casa eternamente feliz.
Meses depois sua irmã adoeceu, e dominada pelo medo e desespero entrou sorrateiramente, na escuridão da noite, na enorme cozinha, foi até a gaveta, pegou a faca mais afiada que achou na mesma. Levou-a até seu quarto onde escreveu uma carta, deixou-a aberta em cima da escrivaninha, segurou a faca com as duas mãos, com os braços estendidos, a lamina dourada voltada para sí e lágrimas escorreram por seu rosto, preparou-se para fincar a arma no local de sua dor, fechou os olhos lentamente, suspirou e seus cotovelos se dobraram com força. Porém um grito a fez parar. Um grito. Uma voz feminina. Uma voz que ela reconhecia. E porfim o silêncio recaiu na mansão, a garota se levantou rapidamente, sem tempo para soltar a faca. Ela foi até o quarto dos pais e lá estava a janela escancarada e a fraca luz da lua que vinha de fora fez com que o sangue na cama ficasse intensamente vermelho.
Ao ver o que estava a sua frente as lágrimas ressurgiram em seu rosto, ela percebeu que havia alguém escondido atrás da porta dupla e recuou de costas, à passos lentos para o corredor. O homem escondido percebeu que tinha sido visto, então correu na direção da garota já com a espada em mãos.
A garota se encolheu ao ver a arma. Sangue jorrou, escorreu pelo tapete, espirrou nas paredes, nas janelas e no rosto da empregada que havia subido correndo ao ouvir o grito, estava com a boca aberta e os olhos arregalados, pareciam que iriam saltar para fora a qualquer momento até que sua boca começou a se encheu de sangue. Tinha sido atingida, mas estava tão amedrontada que nem sentiu quando a faca dourada fincou em seu coração.
A garota agora estava com os olhos inteiramente negros, flutuando a alguns centímetros do chão e agora sangue manchava seu belo vestido branco, o sangue de um homem que o corpo agora estava jogado aos seus pés. Naquela manha não se ouvia as conversas dos empregados. Apenas silêncio.
E dia após dia. Ela contratava novos empregados que nunca mais eram vistos, até que um dia um guerreiro resolveu investigar, se disfarçou de empregado e ao entrar na casa se deparou com uma bela jovem descendo as escadas, seus cabelos cobriam os olhos, ela percebeu a presença do rapaz, e afastou os cabelos dos olhos revelando-os com o fundo negro, mas agora havia outra cor no centro... vermelho assim como o sangue refletido pela luz da lua.
O guerreiro deu um pulo para trás, a garota da escada gesticulou algumas palavras com a boca, porém o som não saiu. O rapaz pareceu tentar decifrar as palavras por alguns instantes e então começou a correr na direção dela sacando uma adaga presa à bota, ele tentou um ataque direto, mas ela segurou arma apenas com as mãos e como se estivesse com raiva, fechou as mão em punho assim entortando-a, ele soltou a arma agora inútil, e lançou mais duas adagas, uma em cada lateral do rosto da jovem que sem poder desviar apenas aceitou os cortes nas bochechas que estavam por fim, o sangue dos cortes escorreu e quando a primeira gota tocou o assoalho de madeira da casa ela apareceu atrás do rapaz e com uma tremenda velocidade levou suas mãos ao pescoço do guerreiro, que por sua vez tentou ataca-la pela lateral, mas um tipo de barreira invisível o impediu e então como ultima jogada pegou a longa espada presa a perna e fincou no próprio corpo e assim como o planejado atingindo junto a garota que agora tossia sangue enquanto caia de costas para o chão mas o guerreiro a segurou e agora seus belos olhos castanhos reluziam, a escuridão de seus olhos se foi o guerreiro a encarou e ela perguntou, com a voz um pouco rouca pela falta de uso, " Você entendeu o que eu disse antes?"  ele fez que sim com a cabeça e repetiu as palavras proferidas por ela minutos antes "por favor... Me ajude! Não posso me controlar, há algo dentro de mim que esta a me corromper... Me ajude! Me mate!", ela sorriu, olhou para ele e agradeceu. Lágrimas surgiram no rosto dos dois, o silencio recaiu no local, entre sangue e armas se ouviu um murmúrio de uma canção, em voz feminina, agora verdadeiramente feliz. E nos últimos momentos dos dois ele perguntou "Qual seu nome?", ela pareceu pensar e após alguns instantes ela respondeu " Me esqueci a muito tempo, meu nome é uma cantiga a muito esquecida, embora não saiba meu nome... sei que sou, quem fui e quem deveria ter sido" ele sorriu e como um de seus últimos suspiro ele comentou "Deusa da terra que suporta a dor do mundo...". Ela sorriu em afirmação e como se a alma dos dois estivesse ligada os dois deixaram este mundo no mesmo instante e um fio vermelho se rompeu.
A primeira alma se foi mas alguém precisa suportar a dor do mundo e assim nasceu a segunda alma.
13 almas...
...corrompidas pela dor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário